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  • Foto do escritorAna Beatriz Brito

Comer emocional ou compulsão alimentar: 

Saiba a diferença e  as estratégias nutricionais


A distinção entre comer emocional e compulsão alimentar é crucial para abordagens eficazes na gestão de comportamentos alimentares disfuncionais. 


A compulsão alimentar é caracterizada pela ingestão descontrolada de grandes volumes de comida em um curto período de tempo, acompanhada pela sensação de perda de controle e sentimentos negativos pós-ingestão, como culpa, vergonha e desconforto físico. Pode manifestar-se como episódios esporádicos ou como parte de um Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA).


Por outro lado, o comer emocional ocorre em ocasiões específicas, muitas vezes associadas a eventos festivos ou alimentos afetivos. A fome emocional é repentina, busca saciedade imediata e frequentemente envolve desejos específicos. Este comportamento alimentar é frequentemente utilizado como uma estratégia para reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, para facilitar a regulação emocional.




Em ambos os casos, um elemento essencial é o trabalho de educação emocional. A prática de observar, distanciar-se e compreender os sentimentos associados ao ato de comer pode ser fundamental.


Questionar-se sobre as necessidades indicadas pelos sentimentos permite explorar opções de resposta, tais como gastar energia em atividades físicas, buscar distrações ou expressar emoções por meio de atividades artísticas ou outras.


Além das estratégias mentais, a incorporação de abordagens nutricionais pode ser benéfica. O planejamento e organização da alimentação, evitando alimentos ultraprocessados e prontos, demonstram ser eficazes na prevenção do consumo exagerado em momentos de tristeza ou ansiedade. 


A abstenção de dietas restritivas e a busca por equilíbrio na alimentação são essenciais para promover uma relação saudável com a comida, minimizando desejos exagerados e ansiedade.


É importante manter a hidratação adequada, pois a sede muitas vezes é confundida com fome impulsiva. Outra ação é a prática da atenção plena durante as refeições, eliminando distrações externas e avaliando níveis de fome e saciedade.


Por fim, comer lentamente e mastigar várias vezes os alimentos promove uma percepção mais aguçada dos sinais de saciedade, que ajuda a prevenir os excessos.


Este conteúdo fornece informações gerais e não substitui a orientação profissional. Em caso de necessidade, consulte um profissional de saúde especializado em transtornos alimentares. 


Terapia e reeducação alimentar são recursos valiosos para orientação e suporte nesse contexto. A multidisciplinaridade (nutrição + psicologia)  é o que vai trazer eficácia e resultados duradouros.


Esse texto foi construído em colaboração com Yasmin Almeida, nutricionista.

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